A finalização do financiamento coletivo do projeto de Diana Salu me dá uma ponta de esperança. E que mais iniciativas como essa sejam conquistadas para 2021.
Que esse ano de 2020 está sendo ruim e atípico para todas as pessoas, isso a gente não duvida.
Mas no meio dessa pandemia de notícias ruins e crises (políticas, sanitárias e econômicas) eu queria fechar o ano com uma notícia boa notícia: a finalização da campanha de financiamento do livro Cartas para Ninguém da Diana Salu. Ela é quadrinista, designer, poeta. Seus trabalhos transitam pela escrita e o desenho, a lógica da pintura nas manchas de cor e a fotografia.
Inicialmente, o plano era seguir imprimindo em tiragens pequenas, montando artesanalmente e circulando com o livro durante 2020. No entanto, com a chegada da pandemia, ela se viu impossibilitada de fazer esse trabalho e durante meses a circulação do livro foi interrompida.
Há poucos meses atrás, Diana criou uma vaquinha de financiamento coletivo e conseguiu chegar na primeira meta que é fazer o livro em gráfica offset, aquelas de grande tiragem, que se responsabilizarão pela impressão e montagem. Cartas para Ninguém é fruto de três anos de trabalho reunidos, vencedor do troféu HQMIX 2020 na categoria Projeto Gráfico. A obra navega entre poemas, desenhos e quadrinhos em um mergulho entre paisagens e memórias, com prefácio da escritora Amara Moira.
De acordo com Diana, o livro é um marco importante na trajetória enquanto quadrinista, sendo também a estreia enquanto poeta. “O livro habita esse lugar entre as coisas, entre os gêneros literários, misturando cartas em quadrinhos, poemas e desenhos soltos enquanto caminha por paisagens reais, imaginárias e memórias - revisitando-as, recontando-as e inventando-as. Um exercício de narrar-se e assim criar-se, ” explica.
As compras da pré-venda já fecharam. Mas a partir do próximo ano ainda continuará a venda pelas redes e se você se interessou pela iniciativa e quer saber mais de outros projetos da artista, entre em contato pelo @diana.salu.
A finalização do financiamento coletivo do projeto de Diana Salu me dá uma ponta de esperança no meio desse tiroteio. E que mais iniciativas como essa sejam conquistadas para 2021.
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por
Alexandra Martins
Sobre a autora
Alexandra Martins nasceu em Brasília e já morou em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Salvador. Artista interdisciplinar, Investiga memórias, ancestralidades e identidades nas criações artística de performance, instalação, fotografia e vídeo. Mestra em Estudos de Gênero e Mulheres pela UFBA. Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança pela mesma instituição. Especialista em Artes Visuais pelo SENAC-DF. Graduada em Comunicação, Jornalismo. Integrou o Grupo de Pesquisa em Performance Corpos Informáticos (UnB) e fez parte da coletiva Tete a Teta. Também fez parte da Feminaria Musical, Grupo de Pesquisa em Experimentos Sonoros (UFBA). Teve trabalhos selecionadas para apresentar no Tubo de Ensaio (Brasília); Performance Corpo e Política (Brasília); Lacuna: Mostra de Videoarte (Brasília); Ruído. Gesto - Ação e Performance (Rio Grande do Sul); Festival de Fotografia de Porto Alegre; II Mostra de Arte e Gênero (Florianópolis); Continuum: Festival de Arte e Tecnologia (Recife); Encuentro de Acción en Vivo y Diferido (Colômbia) e no Hemispheric Institute of Performance and Politics (México). Participou das seguintes residências artísticas pelo Nordeste: Corpo em Casa (Salvador) e Sala Vazia (Fortaleza).
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