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Bianca Leite

BRASIL

1985

Bianca Leite (São Paulo, 1985) é artista visual, educadora e pesquisadora lésbica e negra. Criada na zona leste da capital paulista, Leite se aproxima das artes visuais aos 24 anos, quando vai ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) pela primeira vez e se emociona diante de Canoa sobre o Epte, pintura de Claude Monet. No ano seguinte, em 2010, Leite atua como arte-educadora na 29ª Bienal de São Paulo, há sempre um copo de mar para um homem navegar – a primeira de três bienais nas quais participa da equipe de mediação. Em 2011, inicia sua formação em Artes Visuais na Universidade Estadual Paulista (UNESP). Ao longo de quase dez anos, a produção da artista busca investigar o conceito de gênero a partir de reflexões ligadas à sexualidade da mulher. Ao mesmo tempo, Leite vem afirmando sua identidade negra, que se materializa em forma de autorretratos, desenhos, pinturas abstratas, esculturas e instalações, onde é possível encontrar referências às culturas afro-diaspóricas. As duas vertentes, amparadas por uma constante pesquisa em torno de teorias do feminismo negro, encontram-se dentro da obra de Leite de forma necessariamente interseccional. Desde 2020, Bianca Leite integra o Levante Nacional Trovoa - coletivo de curadoras e artistas racializadas. Em 2019, Leite torna-se artista residente no centro cultural independente Marieta, no centro de São Paulo, onde desenvolve uma pesquisa a partir do pensamento de Audre Lorde (1934–1992), ativista na luta pelos direitos humanos e teórica feminista, negra e lésbica. Ao longo de sua investigação, Leite traça paralelos entre o trabalho de Lorde e a produção das artistas contemporâneas Zanele Muholi (1972) e Musa Mattiuzzi (1983). No Marieta, conduz também conversas com artistas e um ciclo de cineclube afrocentrado. Bianca Leite participou de exposições coletivas, entre elas Tensões contidas, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2018); Diálogos e transgressões, no Sesc Santo Amaro (2017); Entre o que nos forma e nos formata, no Centro Cultural da Penha (2015); e Sou uma mulher de tijolos à vista, no Condomínio Cultural (2015).

Fonte:

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