Maria Martins e Margarita Azurdia exploraram formas e figuras se descobrindo como artistas a partir de um imaginário alimentado pela terra natal, bem como pelo momento histórico em que viveram. Ainda que tenham sido influenciadas pelos movimentos artísticos da época, sempre permaneceram fiéis às suas próprias visões. Suas obras são tangíveis, as esculturas revelam histórias e elementos que são partes fundamentais da idiossincrasia de ambos os países. Escapando por completo do tradicional, suas esculturas refletem a seriedade com que as artistas encaravam suas produções e pesquisas, criando a partir do sublime e do espiritual.

 

Enquanto o mundo vivia diferentes processos políticos que marcavam novas eras, por meio de suas obras elas estavam sempre dispostas a explorar as eventualidades que as atravessavam. Não se dobrando também aos padrões de comportamento, aos estereótipos tradicionais que tanto o Brasil quanto a Guatemala impunham às mulheres, através da complexidade de suas obras Maria Martins e Margarita Azurdia sem reservas demonstraram extraordinárias capacidades intelectuais e artísticas, deixando um notável legado.