Plataformas e organizações como o Nacional Trovoa e a Rede NAMI atuam diariamente para reverter números da desigualdade.
No post anterior, quando falamos sobre a inserção de mulheres no mercado formal de arte e no acervo de instituições, apontamos que a parcela de ocupação desses espaços por mulheres corresponte a 22% do total de artistas, mas, quantas delas são racializadas?
Se revisitarmos a nossa história, veremos que existem artistas, como a mineira Maria Auxiliadora (1935-1974), que foram completamente excluídas da história da arte nacional. A artista gozou de um certo prestígio em vida, mas não conseguiu viver exclusivamente da sua arte, além de ter passado por um processo de apagamento após a sua morte. Somente após o resgate de seu nome por artistas e intelectuais negras, o nome da artista voltou para o centro da discussão de arte, participando novamente do circuito de exposições em instituições de renome.
São em projetos e plataformas, como o Levante Nacional Trovoa e a Rede NAMI, que a visibilização dos trabalhos desenvolvidos por essas mulheres racializadas, em todos os cantos do país, são trazidos para uma zona de protagonismo. O Trovoa tem avançado na participação no mercado, tendo representações em marketplaces virtuais e feiras como a SP-Arte e ArPa, realizando vendas através de curadorias realizadas dentro do próprio coletivo, apresentando potentes discussões sobre as poéticas individuais e coletivas do grupo. A Rede NAMI tem apresentado curadorias especiais com artistas participantes de seus projetos, expondo em feiras como a ArtRio e a ArtSampa e transformando parte do valor das compras, em investimento para a formação de novas artistas.
Quer conhecer mais sobre arte e mercado? Fiquem ligadas que, toda sexta feira, teremos pílulas sobre arte e mercado de arte na América Latina, com conteúdo especial feito pra vocês!
Sigam a @nanoartmarket e o @artistaslatinas para saber mais!
Comments