Anna Bella Geiger e Lourdes de La Riva desenvolvem suas pesquisas na arte a partir da geografia, usando mapas e escalas fictícias para discutir a configuração de seus países, valendo-se de materiais com diferentes texturas, estruturas e dimensões. Assim, a arte se converte em um meio possível para pensar sobre o mundo a partir do Brasil e da Guatemala. As decisões que os governos decretam durante seu mandato sempre influenciarão diretamente, não apenas a vida da população, mas também o meio ambiente, criando uma cadeia de crises que afetam todos os seres vivos.

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Fronteiras e limites territoriais são borrados nos mapas, abrindo oportunidades para repensar outras relações com a própria natureza, e as suas populações. Desde o início de suas produções, ambas as artistas mantêm um olhar atento às inúmeras mudanças que vêm ocorrendo no nosso planeta e buscam conectar com os eventos sociais ao seu modo de criar. Elas abraçam materiais que possam dar o melhor sentido às suas obras, compartilhando situações sociais complexas com o espectador. Anna Bella Geiger propõe repensar o formato geográfico do Brasil, como símbolo de um momento para além da censura política e Lourdes de La Riva repensa as cartografias dos cupins nas folhas de papel, como percurso da natureza. Nos dois casos a imaginação é usada como espaço de liberdade.